Imaginemos um lugar no mundo em que a taxa de analfabetismo seja zero, onde não haja problemas de mendicância e nem registros de corrupção, e onde suas florestas, ocupando 80% do território, sejam preservadas. Imaginemos um lugar em que o sistema de produção agrícola não faça uso de fertilizantes sintéticos e nem de agrotóxicos, que não use inseticidas, herbicidas, fungicidas, nematicidas ou adubos químicos; que valoriza e faça uso eficiente dos recursos naturais não renováveis, alinhando os processos biológicos à biodiversidade, respeitando o meio ambiente, revitalizando a natureza em lugar de degradá-la, buscando qualidade de vida, preservando o habitat natural, reciclando os recursos, aplicando os princípios da agroecologia.
Imaginemos um lugar qualquer no mundo que tenha abolido a produção, o consumo público, a venda e a importação de cigarros. Imaginemos um lugar cujo sistema de trânsito seja orientado pelos princípios da boa educação e do respeito dos motoristas aos apitos dos guardas, em lugar dos semáforos. Imaginemos um ponto no mapa, mais precisamente entre as montanhas do Himalaia, entre a China e a Índia, em que a medida usada nesse lugar para calcular o progresso nacional seja a Felicidade Nacional Bruta (FNB - Gross National Happiness).
Pois esse lugar existe. Trata-se do Reino de Butão, um pequeno país com uma área de pouco mais de 38 mil km² e com uma população de 700 mil habitantes, cuja economia se baseia na agricultura de subsistência, no turismo e na venda de energia hidrelétrica para a vizinha Índia.

Na essência, Butão vem demonstrando que é possível produzir valorizando a saúde humana, alinhando-se a um profundo respeito ao meio ambiente. O outro nome disso? Desenvolvimento humano sustentável, ou se preferirem: valorização da vida!
2 comentários:
Para ver que sempre estivemos certas: basta olharmos para os lados, além de nossos umbigos, e encontraremos inspirações mais justas para nosso próprio caminho.
Pois é, quero buscar mais experiências como essas para compartilhar no Tamburete.
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