Tocantins: Militante de direitos humanos é torturado e morto

3 de março de 2011

O militante Sebastião Bezerra, 40 anos, foi encontrado na madrugada de domingo, 27, enterrado na área de uma fazenda no município do Dueré, Estado do Tocantins. Seu corpo tinha marcas de violência e tortura em várias partes. Sebastião atuava no Centro de Direitos Humanos de Cristalândia e era  representante regional do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).

Relatos de militantes dos centros de direitos humanos detalham que Sebastião teve alguns dedos das mãos quebrados, dedos dos pés arrancados e havia sinais de agulhadas sob as unhas das mãos. Ele teria sofrido "asfixia por estrangulamento" como causa da morte. "O crime foi cometido com requintes de crueldade", declarações de militantes.

Despedida
O velório e enterro de Sebastião na segunda-feira, 28, em Araguaçu (TO),  teve a presença dos familiares e amigos da cidade e militantes dos Centros de Direitos Humanos (CDHs) do Estado, Movimento Estadual de Direitos Humanos (MEDH) e de outros movimentos. No final da missa,  membros dos CDHs fizeram homenagens com testemunhos da atuação de Sebastião e leram poesias, como também, buscaram levar solidariedade e força para os familiares.

Nota do MNDH
É com o mais profundo pesar e a mais profunda consternação que o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) registra o assassinato, no Estado de Tocantins, do advogado Sebastião Bezerra da Silva, coordenador do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia (TO) e secretário do Regional Centro-Oeste do MNDH.

Sebastião Bezerra da Silva foi torturado antes de ser morto e o assassino ou os assassinos tentaram enterrar apressadamente seu corpo.

Neste momento de dor e de pesar, o Movimento Nacional de Direitos Humanos vem solidarizar-se com a família de Sebastião Bezerra da Silva e com todos os seus companheiros do Regional Centro-Oeste do MNDH.

Desde o momento em que soube do acontecido, o MNDH vem acompanhando pormenorizada e intensivamente as informações a respeito do assassinato.

Confiamos que as autoridades policiais do Estado de Tocantins realizem um trabalho diligente na apuração dos fatos, e confiamos, igualmente, na transparência das investigações para que este crime contra um defensor dos Direitos Humanos não fique impune.

Brasília-DF, 28 de Fevereiro de 2011.

Coordenação Nacional do MNDH

1 comentários:

Belgna disse...

Espero que ninguém tenha acreditado que sua morte foi aicdental,natural...infelizmente o Estado do Tocantins ainda vive uma ditadura e perseguiçoes políticas.

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